O que é biomimética na odontologia?

Dentista que faz lentes de contato dental
Dra. Natália Morales é especialista em Endodontia, Implantodontia, Prótese Dentária e Odontologia 3d e dedica-se há 14 anos em atendimento de pacientes com odontofobia. Referência em atendimento humanizado.

A estrutura humana é repleta de diferentes tecidos com diferentes funções, tanto tecidos moles como tecidos duros. A associação destes tecidos formadores de órgãos e sistemas altamente específicos permitem o correto funcionamento do corpo humano.

Ao realizar um procedimento, tanto o profissional quanto o paciente pensam no seu resultado final. E as expectativas são semelhantes: deixar o sorriso mais próximo do natural, mas conservando sua estrutura e mantendo a vitalidade do dente. É neste momento que entra a odontologia biomimética, mesmo em processos restauradores.

Quando precisamos recuperar um dente, é necessário também reparar os tecidos perdidos, seja de maneira parcial ou total. Uma das maiores preocupações é que o material substituto apresente semelhança, tanto nas características funcionais quanto mecânicas. De grosso modo, quanto mais próximo do corpo, melhores serão os resultados.

A biomimética estuda os biomateriais, sua composição e seus comportamentos mecânicos, bem como sua estrutura natural para buscar substitutos melhores para a estrutura perdida, o que garante resultados mais seguros e mais eficientes nos procedimentos.

A evolução tecnológica dos materiais dentários nos últimos anos foi enorme. Atualmente os sistemas adesivos, as resinas e as cerâmicas permitem-nos realizar tratamentos que nunca se assemelharam tanto ao dente natural. E quanto mais imitarmos o dente melhores serão o resultado estético e a durabilidade do tratamento.

Continue lendo para ficar por dentro do assunto.

O que é biomimética?

A biomimética é a área da ciência que estuda os princípios criativos e estratégias da natureza, visando a criação de soluções para os problemas atuais da humanidade, unindo funcionalidade, estética e sustentabilidade.

O princípio da biomimética é utilizar a natureza e as estruturas biológicas como um exemplo e fonte de inspiração, e não de apropriação similar às práticas da biologia sintética.

No processo de aprender com a natureza, ela deve ser consultada, e não domesticada, reforçando a ideia da sustentabilidade. E tem sido usada em diversos ramos, como, por exemplo, na química, biologia, medicina, arquitetura, agricultura e no ramo de transportes.

Na natureza, os organismos utilizam apenas a energia que necessitam, visto que alguns precisam produzir a sua própria, pela fotossíntese, ou se apropriar de uma fonte alheia pela caça. Além disso, trabalham em cooperação, respeitam a diversidade, adaptam a forma à função, otimizam o uso ao invés de maximizá-lo, promovem reciclagem e não praticam o desperdício.

Embora tenha sido descoberta pelo biofísico Otto Schmitt, a área foi popularizada por Janine Benyus, uma escritora de ciências naturais dos Estados Unidos.

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Aplicações da biomimética

Cientistas têm trabalhado baseando-se nesses conceitos e em padrões geométricos, matemáticos, funcionais, construtivos, tecnológicos, comportamentais e estéticos dos sistemas vivos observados ao nosso redor. Os resultados são novos modos de cultivo de alimentos, produção de materiais, geração de energia, procedimentos de cura, criação de instrumentos adaptativos, armazenamento de informações e outros processos que sejam sustentáveis, adaptáveis, utilizem energia livre e integrem os organismos.

Um exemplo muito antigo e conhecido de aplicação da biomimética é o velcro. Ele foi criado por George de Mestral, após estudar como os carrapichos ficavam grudados no pelo do seu cachorro. Ao ver a semente pelo microscópio, o engenheiro notou que ela era dotada de filamentos entrelaçados e com pequenos ganchos nas pontas. Ele desenvolveu um processo que funcionava do mesmo modo.

Como outro exemplo, temos a diminuição de uso de energia com ar-condicionado em grandes edifícios, uma vez que os engenheiros estão se baseando no modo de refrigeração de cupinzeiros. A morada dos cupins se mantém sempre úmida e a uma temperatura quase constante independentemente da variação da temperatura externa, devido a uma complexa rede de câmaras e passagens. Respiradores inferiores permitem a entrada de ar fresco, enquanto o ar quente escapa por uma abertura no topo.

Biomimética na odontologia

A Biomimética é uma ciência interdisciplinar que estuda os biomateriais, envolvendo a avaliação da composição das estruturas naturais e seu comportamento mecânico com o objetivo de se encontrar novos e melhores substitutos para a estrutura perdida.

Na medicina dental a Biomimética apresenta uma alta aplicabilidade. Ela está diretamente relacionada a forma de se restaurar e o material escolhido para um órgão dental que apresenta perda estrutural. O material odontológico deve por obrigação permitir a recuperação biomecânica do dente original por meio da restauração.

A estrutura dental apresenta a mesma forma e composição há mais de 3 mil anos, formada por esmalte, dentina, junção amelo dentinária e tecido pulpar. A variação estrutural do órgão dental se dá por atuação forças externas, como cárie, doença periodontal, parafunções, ataques químicos e físicos, que promovem uma modificação desse sistema.

O conhecimento do funcionamento do elemento dental se torna essencial para o estudo da Biomimética Dental, pois por meio do conhecimento da dissipação das cargas do elemento dental conseguiremos encontrar o melhor substituto para a estrutura perdida.

Muitos materiais restauradores não respeitam a necessidade desse mimetismo, as vezes pelo excesso de rigidez, podendo promover danos drásticos a essa estrutura quando há um trauma.

Materiais como os metais são excluídos desta filosofia de tratamento. Os metais são extremamente rígidos e pouco estéticos. Pela rigidez das estruturas metálicas (muito maior que a do o dente), quando há um traumatismo habitualmente ocorre uma fratura que condena o dente. Numa restauração biomimética esta normalmente apenas se descola e o dente poderá ser retratado ou a restauração de novo aderida.

Esteticamente as restaurações com metal também apresentam grande compromisso: são escuras, opacas e apresentam propriedades ópticas completamente diferentes do dente natural.

Mas talvez a grande diferença entre a reabilitação clássica e a reabilitação biomimética esteja na adesão das restaurações em vez da sua retenção mecânica. De fato, a evolução dos sistemas adesivos permite-nos aderir resinas ou cerâmicas aos dentes como antes não era possível.

As cerâmicas dentárias apresentam particular interesse porque, pelas suas características ópticas e mecânicas, são o material que mais se assemelha ao esmalte dentário. Á luz da tecnologia atual conseguimos realizar facetas cerâmicas com espessuras mínimas até 0,2 mm.

Estas cerâmicas depois de aderidas ao dente permitem um resultado extremamente estético e natural. Deste modo, conseguimos restaurar dentes com um desgaste mínimo, ou até sem desgaste, simplesmente aderindo à cerâmicas sobre estes. As facetas cerâmicas permitem corrigir forma, cor, tamanho e posição dos seus dentes.

Com base nisso, você considera que, é melhor procurar o desenvolvimento de materiais restauradores mais fortes e rígidos, ou encontrar tipos de tratamento que reproduzam o comportamento biomecânico da estrutura dental intacta?

Com o desenvolvimento dos materiais odontológicos e o avanço dos sistemas adesivos, a odontologia permite na atualidade a recuperação da estrutura dental de uma forma muito próxima as características da estrutura original.

Aqui na OdontoLiuzzi, trazemos um novo conceito em Odontologia, aliando conforto, tecnologia, técnicas avançadas e equipe qualificada, oferecendo aos clientes excelência em tratamentos odontológicos.

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